09 abril 2008

SER MÃE DE 3 MENINOS PEQUENOS TE DEIXARIA MALUCA?

Um dia destes recebi um email de uma querida amiga de Ourinhos, a Cinthia casada com o Nelsinho, um casal maravilhoso que tivemos o prazer de conviver em nossa passagem por Ourinhos. Quando estávamos morando lá eles tinham 2 filhos o Thiago e o Lucas, mas a Cinthia já estava esperando o terceiro, mais um menino, o Caio, que veio para completar esta amada e divertida família. A Cinthia tem um incrível senso de humor e uma personalidade inteligente e divertida que vocês poderão perceber neste email que transcrevi abaixo com a sua permissão. Só ela mesmo para conseguir transformar a vida muitas vezes "difícil", de uma mãe de 3 meninos pequenos, em uma doce e hilária comédia. Do jeito que ela fala dá até vontade de ter uns bebês....confira você mesma!!!


Olá pessoal, tudo bem? Alguns vejo toda semana, mas outros... Quanto tempo!!! Enviei "algumas" fotos da criançada! Tentei fazer uma seleção para não encher a caixa de vocês, mas mãe coruja não tem jeito, qualquer franzida de sobrancelha já faz toda diferença e, na minha opinião, apesar de serem apenas três crianças para 140 fotos, é uma mais linda que a outra!!!Por aqui estamos bem, desenvolvendo cada vez mais habilidades e comprovando que além do cérebro, nossos membros e paciência também são elásticos. É a plasticidade neurotical!Eu tenho feito coisas jamais imaginadas... Consigo limpar o bumbum do Lucas ao mesmo tempo em que dou mamá para o Caio e ajudo o Thiago a fazer contas. Também aprendi a segurar e cortar o pão com uma só mão. Descobri que as nádegas têm várias ultilidades: fechar a porta do carro, empurrar carrinho de neném, afastar móveis, abrir porta de correr e dar uns "chega pra lá" na Mel! As chaves estão sempre penduradas na boca para não haver perigo de perder. Os cotovelos servem para encaixar sacolinhas de supermercado e abrir a maçaneta das portas. É possível pegar controle remoto, cuecas espalhadas no chão do banheiro, tênis embaixo do sofá, brinquedos distribuídos por toda casa, utilizando somente os dedos do pé! Não é necessário sentar tranquilamente para ler um jornal ou uma revista, pode-se fazer isso em pé chacoalhando um neném no colo.Considero hoje algumas coisas supérfluas e desnecessárias, por exemplo: pentear o cabelo todos os dias, ver televisão, ver filme de gente grande, comer comida quente ou morna, contemplar o silêncio, tomar banho com a porta fechada, fazer as necessidades quando se tem vontade, combinar as meias, passar batom, fazer as unhas. Descobri que é possível um ser humano dormir três horas por dia e ter apenas uma refeição diária.Casa limpa? Pra quê? Organização? Besteira!!! Banheiro com cheiro de desinfetante é coisa do passado, demodê!Roupa só se for bem confortável e com muito bolso para dispensar mais um anexo...a bolsa. Usar colar pode ser fatal!!! Meu perfume atual é dolce ca baba. Meu shampoo, lux vômitus, meu creme, leite de aveia do Caio. Esses dias o Nelsinho arrastou o Thiago pendurado na porta de trás do carro, o Caio já comeu jornal e lambeu sola de chinelo e o Lucas dorme sem tomar banho dia sim, dia não. A Mel está robusta, viçosa, rouba "mistura" da pia, pão doce da mesa e ganha presunto e queijo da vizinhança no portão. Fantasticamente estamos todos bem, vivos e felizes!!!!FIQUEM NA PAZ!!!Mandem-nos notícias...Com amor, carinho e saudades...Família Zorba.

Acredita que depois de tudo isto ela ainda me disse que voltou a estudar e está fazendo Direito ?
Beijão pra você Cinthia, beijos para os "homens da sua vida". Deus te conserve sempre assim, parece que sendo alegre a vida fica mais fácil, não é? Fique certa de que a sua alegria e seu senso de humor nos ensina muita coisa!

02 abril 2008

AMAR DEMAIS FAZ MAL

Amar faz bem, mas amar alguém em excesso a ponto de esquecer de si mesmo pode virar um tormento e até uma doença.
Para se livrar do problema, mulheres se reúnem em várias cidades do país para fazer uma espécie de terapia em grupo.
Estar no auge da juventude e amar loucamente soa pra lá de normal. Mas uma estudante que prefere não se identificar percebeu uma doença em seu amor excessivo pelo namorado. “Parece que sem ele eu não tenho outra vida, parece que eu anulo a minha vida quando estou com ele", ela conta.
Eles estão juntos há um ano, e o namorado confessou recentemente que tem outra mulher. Mesmo com raiva, ela não consegue acabar o relacionamento. “Ele nunca me liga, nunca me dá a atenção de que eu preciso, nem ao menos me respeita. E eu não consigo sair disso", desabafa a estudante.
E ela não está sozinha nessa angústia, que atinge pessoas de todas as idades. “Não uso drogas, mas estou me sentindo como se eu usasse; eu tenho crise de abstinência de uma pessoa. Eu fico na cama, passo mal, preciso daquela pessoa. Eu sei que ela não me faz bem e volto pra essa pessoa, tento sair disso e não consigo", relata uma colega que freqüenta o mesmo grupo.
A situação é conhecida de muitas outras mulheres. Em todo o Brasil há grupos desse tipo, de mulheres que se reúnem de forma anônima pra trocar experiências e tentar mudar comportamentos em busca de uma vida amorosa mais saudável. De norte a sul do país, as reuniões do Mada - Mulheres que Amam Demais Anônimas – sempre começam com uma oração que fala de serenidade, coragem e sabedoria.
A coordenadora do grupo em Curitiba diz que exagerar na dose do amor não é exclusividade de mulheres. “Tem muitos homens dizendo ter o mesmo problema, mas eles querem um grupo de homens, o que não existe aqui no Brasil", explica.
Especialistas concordam que o problema não está no sexo da pessoa, mas na forma de encarar a vida a dois. “Como a gente pode comer bem ou comer mal, a gente pode amar bem ou amar mal”, esclarece o psicanalista Mário Negrão. “Eu acho que existem algumas coisas que a pessoa deve se perguntar quando está amando patologicamente; quando a pessoa ama patologicamente, a necessidade do outro vira uma dependência”.
Uma jovem que também freqüenta as reuniões de grupo diz que aos poucos está se curando do vicio de amar demais. “Eu achava maravilhoso brigar pra depois se reconciliar, fazer as pazes. Eu gostava da adrenalina que proporcionava, mas isso ia desgastando o relacionamento. Agora consigo identificar quando estou entrando em momentos doentios, então eu respiro e no final acabo ficando bem. Meu relacionamento só tem ido pra frente", conta.
O psicanalista Mário Negrão afirma que esse problema tem solução: “Não é tão difícil resolver essas coisas. Não é difícil você tratar das pessoas, contanto que elas estejam dispostas a serem felizes e admitir que o ônus da vida cai pra cada um de nós, e não para o outro”.



Esta reportagem foi tirada do site do Jornal Hoje, www.g1.com.br/jornalhoje, onde você encontra mais informações sobre este assunto e também o endereço dos grupos de ajuda em várias cidades chamado : MULHERES QUE AMAM DEMAIS ANÔNIMAS.