26 agosto 2014



VOCÊ TEM FILHOS ADOLESCENTES?
                          NÃO SABE COMO LIDAR COM ELES? 
                                                    ESTÁ QUASE FICANDO MALUCA????

Esta semana uma irmã estava me perguntando sobre um Bom Livro para quem tem FILHOS ADOLESCENTES! Aqui está a indicação:
"COMO REALMENTE AMAR SEU FILHO ADOLESCENTE. Autor Ross Campbell."
Este livro é maravilhoso, me ajudou muito quando estava nesta fase com minhas filhas. Posso dizer que este livro mudou minha atitude e de meu esposo para com minhas filhas e com isto nós vencemos esta fase e conseguimos manter nosso Relacionamento Sólido. 

Leia aqui a Sinopse:

Existem poucas coisas que são tão importantes quanto criar filhos. Mas às vezes, mesmo dando o nosso melhor, descobrimos que precisamos de ajuda para lidar com a rebeldia deles – e, conseqüentemente, com a nossa própria impaciência. Se você se encontra numa situação como essa – ainda existe uma esperança! Nesse livro inovador, o Dr. Ross Campbell ajuda você e seu filho a lidar com essa ira tão mal compreendida. Você aprenderá a respeito das etapas pelas quais toda criança passa e como a raiva se manifesta em cada uma delas. E você aprenderá maneiras práticas de como agir quando se deparar com a rebeldia em seu lar. Se você está tendo que lidar com um filho rebelde – esse livro contém as soluções que você pediu a Deus!

Você encontra em várias Livrarias inclusive online. Por ex. tem na Saraiva...http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/179620

A MELHOR MANEIRA DE CRESCER É APRENDER......LER É UMA ÓTIMA FORMA DE APRENDER!!!! Não deixe para depois, quem investe em Aprendizado investe para toda vida, é um tesouro que ninguém lhe tira!!!
Sua Família é o seu maior tesouro!!!!

Raquel Moura

01 agosto 2014

Seu Relacionamento é Tênis ou Frescobol? por Rubem Alves

Relacionamento tênis e frescobol


tenis_x_frescobol2

Faleceu na semana passada o escritor Rubem Alves. Dentre muitas crônicas marcantes escrita por Rubem Alves está “Tênis x Frescobol”, onde faz uma bela reflexão sobre como deve ser o casamento.
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Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo Tênis e há os casamentos do tipo Frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam mal. Os casamentos do tipo Frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele:
 “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: 
“Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?”
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas
 construídas sobre a arte de conversar.
Sherezade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre
decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam 
rapidamente, terminam na morte, como no filme O Império dos Sentidos. Por isso, 
quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, 
Sherazade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, 
que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras 
como se fossem música. A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma 
da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos 
que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras.
E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes. Fazer carinho com as palavras
 não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo”. Barthes advertia: “Passada a primeira
 confissão, eu te amo não quer dizer mais nada”. É na conversa que o nosso verdadeiro
 corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo
 a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
Tênis é um jogo feroz. O objetivo é derrotar o adversário. 
E a sua derrota se revela no seu erro: O outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção
 do ponto fraco do seu adversário, é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada. 
Palavra muito sugestiva – que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, 
interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, no momento 
em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. 
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
Frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. 
Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio
 meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo 
para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe
 adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou
 ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra. O erro de um, no frescobol, 
é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido.
 E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. 
Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que 
ninguém marca pontos…
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. 
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho pra cá….
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. 
Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho 
do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão.. O que se busca é 
ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, 
pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do 
outro voem livres ao vento. Bola vai, bola vem – cresce o amor… 
Ninguém ganha, para que os dois ganhem.
 E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para
que o jogo nunca tenha fim…
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Por: Rubem Alves